segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SÉRGIO RICARDO

SÉRGIO RICARDO - Cantor, compositor, pintor, letrista, cineasta, entre outros talentos, Sérgio Ricardo é um ícone em sua época e uma das grandes referências na cultura brasileira. Considerado um dos precursores da Bossa Nova, Sérgio Ricardo não se ateve apenas ao gênero e, em seus mais de 30 discos lançados ao longo de quase 60 anos de carreira, é possível encontrar toda a riqueza de ritmos brasileiros, da qual é um profundo pesquisador. De sua relação com o cinema e da intensa parceria com Glauber Rocha, nasceu a premiada trilha sonora de ‘‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’‘ e de ‘‘Terra em Transe’’. Sérgio também dirigiu 3 longas-metragens ‘‘A Noite do Espantalho’’, ‘‘Esse Mundo é Meu’’ e ‘‘Juliana do Amor Perdido’’ e 8 curtas, premiados fora e dentro do Brasil. No campo das artes plásticas, exibiu seus quadros na renomada galeria carioca, Villa Riso, e teve uma semana no CCBB do Rio de janeiro dedicada a seus multitalentos (‘‘Semana Sérgio Ricardo’’) com mostra de quadros, filmes e shows do próprio artista. Sérgio ainda é autor de 3 livros: o infantil ‘‘O Elefante Adormecido’’, o de poesias ‘‘Elo: Ela’’ e o autobiográfico ‘‘Quem quebrou meu violão’’. Atualmente lança pela Biscoito Fino, seu Cd ‘‘Ponto de partida’’, patrocinado pela Petrobras, que marca sua retomada em grande estilo à cena musical brasileira com um disco antológico de releituras, resultado de um rico intercâmbio com grandes talentos da nova geração. (fonte - http://www.myspace.com/sricardo). Clique também na foto do artista para acessar ao site .
A volta de Sérgio Ricardo
Por Augusto Buonicore* (
http://www.contee.org.br/)
Acaba de sair pela Biscoito Fino o novo CD do cantor e compositor Sérgio Ricardo, "Ponto de Partida". Este, talvez, seja o primeiro passo para o resgate de uma rica produção musical que acabou sendo condenada ao silêncio por anos de ditadura, militar e midiática. A quase totalidade de seus discos continua fora de catálogo. Atualmente eles são raridades disputadas por colecionadores. Sérgio, além de compositor e cantor, é ator, diretor de cinema, poeta e artista plástico. Este artigo procurará expor uma pequena parte de sua vida e obra.
Sérgio Ricardo nasceu em 1932 na cidade de Marília – interior de São Paulo. Passou por Santos, onde adquiriu alguma experiência com trabalho em rádio, e depois seguiu seu destino: o Rio de Janeiro. Começou a tocar piano nas boates cariocas. As noites em Copacabana eram do jazz e do samba canção. Naqueles dias aderiu à onda romântica, seguindo a trilha de Lúcio Alves, Dick Farney e Tito Madi. Ia compondo suas músicas e, depois de um momento de indecisão, começou a mostrá-las ao restrito público das boates nas quais se apresentava. A cantora Maysa gostou do que ouviu e gravou uma de suas composições: Buquê de Isabel. A melodia conseguiu um relativo sucesso, o que permitiu que o compositor saísse do anonimato.No final da década de 1950 surgiu uma nova corrente na música brasileira: a bossa nova. Sérgio estava entre seus primeiros compositores e intérpretes. Lançou o LP “A bossa romântica de Sérgio Ricardo” (1960). Dois anos depois seria convocado a participar do famoso show no Carnegie Hall, ao lado de dezenas de músicos brasileiros. Apesar do improviso do evento, ele representou um dos marcos do lançamento da bossa nova para o mundo. Logo, Sérgio Ricardo, junto com Carlos Lyra e Vandré, abriria uma outra vertente no interior do movimento bossanovista, mais ligada à temática social e popular. Declarou ele: “O que caracterizou a minha dissidência com a bossa nova foi justamente o Zelão. Era o caminho de uma pesquisa mais popular, com o abandono dos valores pequeno-burgueses de Ipanema (...) aquele negócio de muito sorriso, amor e flor”. Esta preocupação o acompanhará por toda sua vida, sem nunca abrir mão do lirismo. (http://www.contee.org.br/).
Mas o melhor mesmo é conhecer o trabalho de Sérgio Ricardo. Um marco na música brasileira.
Um pouco do talento deste grandioso artista brasileiro nos excertos dos áudios abaixo:
1967 - III Festival MPB TV Record - chamada para Sergio Ricardo (Beto Bom de Bola) /Calabouço (Sérgio Ricardo) (1973)/ Esse mundo é meu (Sérgio Ricardo) 1964 - Trilha Sonora do Filme / Enquanto a tristeza não vem (1964) (Sérgio Ricardo) / Conversação de Paz (1971) (Sérgio Ricardo) / Vou Renovar (Sérgio Ricardo)1973 / Beira do Cais (Sérgio Ricardo).

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