domingo, 30 de novembro de 2008

MARLUI MIRANDA

Marlui Nóbrega Miranda - MARLUI MIRANDA . Nasceu em Fortaleza, em 12 de outubro de 1949. É compositora, cantora e pesquisadora da cultura indígena brasileira. Irmã da jornalista e escritora premiada Ana Maria Nóbrega Miranda. Casada com o fotógrafo Marcos Santili. Em 1959, mudou-se para Brasília. Na Capital Federal, graduou-se em Arquitetura pela Universidade de Brasília e em Regência na Faculdade Santa Marcelina. No ano de 1971 voltou a morar no Rio de Janeiro. Estudou também no Conservatório Villa-Lobos.A partir de 1974 trabalhou com pesquisa de tradições musicais dos povos da Amazônia.Estudou violão com Turíbio Santos, Oscar Cárceres, Jodacil Damaceno, João Pedro Borges e Paulo Bellinati. Tocou com Egberto Gismonti, Milton Nascimento.Em 1998 participou do disco "O Sol de Oslo" com Gilberto Gil, Bugge Wesseltoft, Trikot Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti. (wikipedia).
Nascida em Fortaleza e criada em Brasília, mudou para o Rio de Janeiro na década de 70 e estudou violão clássico com professores renomados como Turíbio Santos, Paulo Bellinati e outros. Tocou com Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Jards Macalé, e em 1979 lançou o disco "Olho d'Água". Compôs trilhas para cinema e teatro e atua também como compositora. Suas músicas já foram gravadas por Ney Matogrosso, Sá & Guarabyra e outros. A partir da década de 70 passou a pesquisar e estudar a música dos índios brasileiros, atividade a que se dedicou por diversos anos. Ganhou bolsa de uma instituição nova-iorquina e realizou um projeto de preservação e recriação da música indígena da Amazônia brasileira. Com esse trabalho atuou como consultora de música indígena em filmes e eventos, gravou discos para o Brasil e para o exterior e produziu espetáculos, como a missa indígena criada a partir de músicas de tribos e apresentada na Catedral da Sé, em São Paulo em 1997 com a participação de orquestra jazz sinfônica e coral. Desde 1996 é integrante do grupo Pau Brasil. Em 1998 participou do disco "O Sol de Oslo" com Gilberto Gil, Bugge Wesseltoft, Trikot Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti. (http://cliquemusic.uol.com.br).
Há mais de 20 anos que Marlui Miranda, etnóloga e compositora brasileira, pesquisa e interage com tribos de índios do Amazonas. Quatro anos antes de 2 Ihu Kewere: Rezar, editou Ihu Todos os Sons, uma réplica sonora algo experimental da grande selva visualizada maioritariamente por músicos da nossa civilização e que contou com a colaboração de, entre outros músicos brasileiros e não só, Gilberto Gil. 2Ihu Kewere: Rezar é, segundo as próprias palavras da autora, uma «catequese sonora ao inverso» criada no sentido de permitir uma saudável absorção da religião cristã. Algo que poderia servir de Missa aos Jesuitas no Sec. XVI, «por forma a traduzir os conceitos cristãos para o sagrado campo indígena». Gravado pela Orquestra Jazz Sinfónica e o Coral Sinfónico do Estado de São Paulo, esta Missa Kewere além de possuir uma base litúrgica cristã é “incendiada” pela força dos cânticos indígenas carregadas de misticismo, num duelo equilibrado entre o céu e a terra. (http://cronicasdaterra.weblog.com.pt)
Ouça Marlui Miranda nos excertos das músicas Nozanina (com Milton Nascimento)1990 /Estrada de ferro Madeira Mamoré (Tradicional- Adpt. Marlui Miranda e José Cândido) 1983 / Marimbondo (Marlui Miranda- Xico Chaves) 1979 / Pitanga (Marlui Miranda-Capinan) 1979 / Sodade meu bem, sodade (Zé do Norte) 1979 / Vinho do Porto (Marlui Miranda-Ana Maria Bahiana) 1979.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

WALTER FRANCO

Walter Rosciano Franco. WALTER FRANCO. Nasceu em São Paulo SP em 06 de Janeiro de 1945. Filho do radialista e escritor Cid Franco, estreou como participante de festivais universitários, quando era aluno da Escola de Arte Dramática, de São Paulo. Nessa escola, compôs músicas para as peças Caminho que fazem Darro e Genil até o mar, de Renata Pallottini, A caixa de areia, de Edward Albee, As bacantes, de Ésquilo, entre outras. Foi o autor do tema da novela Hospital, da TV Tupi, gravada em compacto simples pela Philips em 1971, com arranjos do maestro Luís Arruda Pais e participação vocal de Silvia Maria. Participou do I, II e III Festivais Universitários, da TV Tupi paulistana, no primeiro com a musica Não se queima um sonho, defendida por Geraldo Vandré; no segundo com Sol de vidro (com Eneida), classificada em terceiro lugar, e no terceiro com duas musicas, Animal sentimental e Pátio dos loucos. Em 1972 obteve prêmio especial com Cabeça, no VII FIC, da TV Globo, Rio de Janeiro RJ. Seu primeiro LP foi lançado pela Continental em 1973; dois anos depois, colocou sua musica Muito tudo em terceiro lugar, no Festival Abertura, da TV Globo, de São Paulo. Em 1979 participou do Festival da TV Tupi com Canalha. Em 1982 participou do MPB Shell com Serra do luar. Em 1984, sua musica Seja feita a vontade do povo ganhou destaque durante o Movimento Diretas Já. Excursionou pelo Brasil em 1997, com o show Não violência, que incluiu as inéditas Quem puxa aos seus não degenera, uma balada pacifista; Na ponta da língua; É natureza criando a natureza; Sargento Pimenta, uma homenagem a John Lennon; Nasça, em parceria com Arnaldo Antunes; e Totem, a partir de um poema de José Carlos Costa Neto. Lançou os discos Cabeça, Revolver, Ou não, Respire fundo, Vela aberta. Compõe jingles para publicidade.(http://www.mpbnet.com.br/)
Um dos mais renomados, vanguardistas e geniais compositores brasileiros da década de 70, Walter Franco é um dos nomes mais importantes da música brasileira e um dos primeiros a fazer música concreta no país. Contestador, deixou quatro grandes discos nos anos 70, antes de entrar em uma reclusão e ser recuperado no ano 2000, com um documentário e no ano seguinte, com um novo disco. Desde então, Walter tem se apresentado e mostrado seu talento pelo país. Um enorme talento que merece uma homenagem humilde, mas sempre reverente. (http://www.beatrix.pro.br/mofo/)
Ouça Walter Franco nos excertos das músicas:Água e Sal(1973) (Walter Franco)1973 / Me Deixe Mudo (Walter Franco)1 1973 / Ai, essa mulher (Walter Franco)2001 / Feito Gente (Walter Franco)1975 regrav.1980 / Canalha (Walter Franco)1980 / Mamãe D'Água (Walter Franco)1975 / Quem puxa aos seus não degenera (Walter Franco)2001 / Coração Tranquilo (Walter Franco)1978 / Serra do Luar (Walter Franco)1981.

SÉRGIO RICARDO

SÉRGIO RICARDO - Cantor, compositor, pintor, letrista, cineasta, entre outros talentos, Sérgio Ricardo é um ícone em sua época e uma das grandes referências na cultura brasileira. Considerado um dos precursores da Bossa Nova, Sérgio Ricardo não se ateve apenas ao gênero e, em seus mais de 30 discos lançados ao longo de quase 60 anos de carreira, é possível encontrar toda a riqueza de ritmos brasileiros, da qual é um profundo pesquisador. De sua relação com o cinema e da intensa parceria com Glauber Rocha, nasceu a premiada trilha sonora de ‘‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’‘ e de ‘‘Terra em Transe’’. Sérgio também dirigiu 3 longas-metragens ‘‘A Noite do Espantalho’’, ‘‘Esse Mundo é Meu’’ e ‘‘Juliana do Amor Perdido’’ e 8 curtas, premiados fora e dentro do Brasil. No campo das artes plásticas, exibiu seus quadros na renomada galeria carioca, Villa Riso, e teve uma semana no CCBB do Rio de janeiro dedicada a seus multitalentos (‘‘Semana Sérgio Ricardo’’) com mostra de quadros, filmes e shows do próprio artista. Sérgio ainda é autor de 3 livros: o infantil ‘‘O Elefante Adormecido’’, o de poesias ‘‘Elo: Ela’’ e o autobiográfico ‘‘Quem quebrou meu violão’’. Atualmente lança pela Biscoito Fino, seu Cd ‘‘Ponto de partida’’, patrocinado pela Petrobras, que marca sua retomada em grande estilo à cena musical brasileira com um disco antológico de releituras, resultado de um rico intercâmbio com grandes talentos da nova geração. (fonte - http://www.myspace.com/sricardo). Clique também na foto do artista para acessar ao site .
A volta de Sérgio Ricardo
Por Augusto Buonicore* (
http://www.contee.org.br/)
Acaba de sair pela Biscoito Fino o novo CD do cantor e compositor Sérgio Ricardo, "Ponto de Partida". Este, talvez, seja o primeiro passo para o resgate de uma rica produção musical que acabou sendo condenada ao silêncio por anos de ditadura, militar e midiática. A quase totalidade de seus discos continua fora de catálogo. Atualmente eles são raridades disputadas por colecionadores. Sérgio, além de compositor e cantor, é ator, diretor de cinema, poeta e artista plástico. Este artigo procurará expor uma pequena parte de sua vida e obra.
Sérgio Ricardo nasceu em 1932 na cidade de Marília – interior de São Paulo. Passou por Santos, onde adquiriu alguma experiência com trabalho em rádio, e depois seguiu seu destino: o Rio de Janeiro. Começou a tocar piano nas boates cariocas. As noites em Copacabana eram do jazz e do samba canção. Naqueles dias aderiu à onda romântica, seguindo a trilha de Lúcio Alves, Dick Farney e Tito Madi. Ia compondo suas músicas e, depois de um momento de indecisão, começou a mostrá-las ao restrito público das boates nas quais se apresentava. A cantora Maysa gostou do que ouviu e gravou uma de suas composições: Buquê de Isabel. A melodia conseguiu um relativo sucesso, o que permitiu que o compositor saísse do anonimato.No final da década de 1950 surgiu uma nova corrente na música brasileira: a bossa nova. Sérgio estava entre seus primeiros compositores e intérpretes. Lançou o LP “A bossa romântica de Sérgio Ricardo” (1960). Dois anos depois seria convocado a participar do famoso show no Carnegie Hall, ao lado de dezenas de músicos brasileiros. Apesar do improviso do evento, ele representou um dos marcos do lançamento da bossa nova para o mundo. Logo, Sérgio Ricardo, junto com Carlos Lyra e Vandré, abriria uma outra vertente no interior do movimento bossanovista, mais ligada à temática social e popular. Declarou ele: “O que caracterizou a minha dissidência com a bossa nova foi justamente o Zelão. Era o caminho de uma pesquisa mais popular, com o abandono dos valores pequeno-burgueses de Ipanema (...) aquele negócio de muito sorriso, amor e flor”. Esta preocupação o acompanhará por toda sua vida, sem nunca abrir mão do lirismo. (http://www.contee.org.br/).
Mas o melhor mesmo é conhecer o trabalho de Sérgio Ricardo. Um marco na música brasileira.
Um pouco do talento deste grandioso artista brasileiro nos excertos dos áudios abaixo:
1967 - III Festival MPB TV Record - chamada para Sergio Ricardo (Beto Bom de Bola) /Calabouço (Sérgio Ricardo) (1973)/ Esse mundo é meu (Sérgio Ricardo) 1964 - Trilha Sonora do Filme / Enquanto a tristeza não vem (1964) (Sérgio Ricardo) / Conversação de Paz (1971) (Sérgio Ricardo) / Vou Renovar (Sérgio Ricardo)1973 / Beira do Cais (Sérgio Ricardo).

MADELOU DE ASSIS (1915 - 1956)

Maria de Lourdes de Assis (1915 - 1956) ou melhor MADELOU DE ASSIS . Cantora. Moça da sociedade carioca, acabou por seguir carreira artística atuando com relativo sucesso na primeira metade da década de 1930. Seu nome artístico também foi grafado como Madelú. Casou-se em 1934 com o radialista e compositor Valdo de Abreu abandonando assim a carreira artística pouco depois do casamento. Iniciou a carreira artística em 1932, ainda menor de idade, como apresentadora de um espetáculo em cinema no qual se apresentavam artistas de Rádio. Como era menor de idade, e apesar de não pedir autorização aos pais, foi representada na assinatura do contrato por um procurador. Seu nome, entretanto, apareceu no cartaz com a programação. Pouco depois, decidiu apresentar-se num cinema rival e causou confusão com os empresários o que levou o caso às páginas dos jornais, fazendo com que um juiz de menores proibisse sua participação em tais espetáculos. Conseguiu no entanto continuar se apresentando, então com lotações esgotadas, já que o caso tendo chegado aos jornais atraiu a atenção pública. Ainda em 1932, iniciou carreira radiofônica na Rádio Mayrink Veiga, incentivada por Carmen Miranda, também iniciante. Na Rádio Mayrink Veiga, cantou sambas, marchas, canções e composições estrangeiras com bastante sucesso permanecendo nessa emissora por cerca de dois anos. Ainda em 1932, gravou seu primeiro disco, pela Columbia, com a marcha "Não lhe faço mais carinhos", de J. Cabral e Dan Málio Carneiro, e o samba "Não foi despreso", também de J. Cabral e Dan Málio Carneiro, com acompanhamento da Orquestra Columbia. Em seguida, gravou com acompanhamento da orquestra de concertos Columbia as canções "Era uma vez" e "Papai Noel, felicidade", ambas de Custódio Mesquita. No mesmo ano, assim referiu-se a ela a revista "Fon Fon", do Rio de Janeiro: "Madelou de Assis que é uma figurinha galante da nossa alta sociedade, tem voz suavissima que aumenta o encanto de sua graça pessoal. Artista de fina sensibilidade, a linda patrícia vem, de há muito, enchendo de harmonia nossos salões e as nossas estações de Rádio, cantando e encantando com aquela fascinação que palpita e vibra nos seus olhos de boneca". Em 1933, apresentou-se na Rádio Record de São Paulo juntamente com Valdo Abreu e a cantora de tangos Lely Morel. Nesse período apresentou-se constantemente no "Esplêndido programa" apresentado por Valdo Abreu na Mayrink Veiga. Nesse ano, tomou parte em "espetáculo variado", muito comum na época, ocorrido no Teatro João Caetano, juntamente com Laura Suarez, Sílvio Caldas, Almirante, Patrício Teixeira e Irmãos Tapajós. Em seguida, fez uma temporada na Rádio Record de São Paulo juntamente com Lely Morel, Irmãos Tapajós e Valdo Abreu, além de se apresentar em diversos festivais, como um ocorrido no Teatro Santana juntamente com Lely Morel, Valdo Abreu, Irmãos Tapajós e os instrumentistas argentinos Tito Sosa, E. Portela e Muraro. De volta ao Rio de Janeiro, gravou pela RCA Victor, com acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira, o samba-canção "Ciúme", e a canção "Praia dos beijos", especialmente escritas para ela por Valdo Abreu. Também em 1933, apresentou-se em programa na Rádio Mayrink Veiga no qual tomaram parte Francisco Alves, Aurora Miranda, Arnaldo Pescuma, e outros. Pouco depois, fez parte do primeiro cast de artistas exclusivos contratados pelo radialista Cesar Ladeira para a Rádio Mayrink Veiga, do qual faziam parte nomes como Francisco Alves, Carmen Miranda, Mário Reis, Patrício Teixeira e Bando da Lua, entre outros. Teve também o espetáculo "Raça de caboclo" apresentada na "Casa de cabolco" em sua homenagem, com as participações de Custódio Mesquita, João Petra de Barros, Sílvio Caldas, Luiz Barbosa, Nonô, Murilo Caldas, Noel Rosa, Leo Villar, Nássara, Irmãos Tapajós, Cristóvão de Alencar e Orquestra da Casa de Caboclo. Para o carnaval de 1934, gravou em dueto com Francisco Alves, acompanhamento da Orquestra Odeon, os sambas "Brinca coração", de Benedito Lacerda, que fez sucesso, e "Estrela da manhã", de Ary Barroso e Noel Rosa, além da marcha "A lua veio ver", dos Irmãos Valença, com adaptação de Ary Barroso. Nesse ano, participou da primeira irradiação internacional da Rádio Mayrink Veiga conjuntamente com a Rádio Belgrano, de Buenos Aires, em programa no qual tomaram parte Jaime Yankelevisck, Custódio Mesquita, César Ladeira, Patrício Teixeira, Aurora Miranda e Carmen Miranda. Também no mesmo ano, participou juntamente com Noel Rosa, Pixinguinha, Bando da Lua, e outros, do recital apresentado pela pianista Carolina Cardoso de Menezes no salão nobre da Sociedade de Propaganda de Belas Artes. Apresentou-se também no Teatro João Caetano no festival que mostrou as músicas classificadas no concurso carnavalesco da revista "O Malho", e do qual tomaram parte Moreira da Silva, João Petra de Barros, Cylene Fagundes e Aracy de Almeida, além de fazer parte da "Semana do samba", no Teatro Broadway juntamente com Francisco Alves, Luiz Barbosa, Almirante e orquestra Típica. Nesse espetáculo, cantou seu sucesso carnavalesco "Brinca coração", em dueto com Francisco Alves. Ainda em 1934, pouco depois de casar-se com o radialista Valdo Abreu, embarcou para Buenos Aires para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano juntamente com Aurora Miranda, Carmen Miranda, Custódio Mesquita, César Ladeira, Patrício Teixeira e Bando da Lua. Ainda no mesmo ano, ficou em segundo lugar em concurso realizado pelo jornal carioca "A Hora" visando a escolha do "príncipe" e da "rainha" do broadcasting carioca. Foi contratada no mesmo ano para atuar na Rádio Cruzeiro do Sul onde permaneceu por dois anos. Em 1935, foi contratada pela Rádio Cruzeiro do Sul, de São Paulo e pela Rádio Cosmos, também paulista para temporada de oito meses. Na Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo, apresentou-se no programa "Hora H" comandado por Ary Barroso e Luiz Peixoto. Em maio de 1936, atuou pela última vez em São Paulo na Rádio Cosmos e regressou ao Rio de Janeiro, onde tornou a se apresentar na Rádio Cruzeiro do Sul, participando do programa "Hora H", que na estação carioca era apresentada por Ary Barroso e Paulo Roberto. Nesse mesmo ano, abandonou a carreira artística depois de gravar nove músicas em cinco discos lançados pela Odeon, RCA Victor e Columbia. (fonte:http://www.dicionariompb.com.br). Obs.: Não temos nenhuma imagem de Madelou de Assis. Quem a tiver, por obséquio, contactar -nos ou repassá-la por e-mail.

Ouça Madelou de Assis em três excertos de canções com Francisco Alves: Brinca Coração (Benedito Lacerda)(1933)(Odeon)/ A lua veio ver (Ary Barroso-Irmãos Valença)(grav.1933-lançada1934)/ Estrela da manhã (Noel Rosa-Ary Barroso) (1933).

sábado, 22 de novembro de 2008

XANGAI

Eugênio Avelino, ou melhor XANGAI. Nasceu em Itapebi, Bahia, a 20 de março de 1948. Cantor, compositor e violeiro brasileiro.Nasceu na zona rural do município de Itapebi, às margens do Rio Jequitinhonha, no extremo sul da Bahia. Filho e neto de violeiros, ainda menino fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista. Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo. Seu pai era proprietario de uma sorveteria chamada Xangai, dai se originando o seu apelido e atual nome artístico. No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, "Acontecimento", com destaque para as musicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou. Apresenta na Rádio Educadora da Bahia, o programa "Brasilerança", onde contribui para a divulgação da cultura musical da região nodestina brasileira. É considerado como o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições deste compositor clasificado como erudito por muitos. Participou, junto ao cantor Waldick Soriano, dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007. Mais do que falar sobre Xangai é ouvi-lo. Quem não conhece o trabalho de Xangai está perdendo a oportunidade de conhecer um grande artista brasileiro.

Ouça a versatilidade e o talento de Xangai nos excertos das músicas:Cancão Primeira (Geraldo Vandré) 1997 / Meu sublime Torrão - Ave de Prata (Genival Macedo-Zé Ramalho )1997 /Fiz Uma Viagem (Dorival Caymmi)1994 / Estampas Eucalol (1988)(Hélio Contreiras) 1988 / Brasil X Portugal - Coco Sincopado (Jacinto Silva)2001 - com o Quinteto Da Paraíba .

DANIEL VIGLIETTI - ARTISTAS URUGUAIOS

Daniel Alberto Viglietti Indart , ou melhor DANIEL VIGLIETTI. Nasceu em 24 de julho de 1939, em Montevideo, Uruguai . Cantor, compositor e violonista . É um dos maiores expoentes do canto popular do Uruguai. De família de músicos - sua mãe, a pianista Lyda Indart e seu pai, o violonista Cédar Viglietti, desde menino entrou em contato com a música clássica e popular. Estudou violão com os maestros Atilio Rapat e Abel Carlevaro. Adquiriu assim, uma sólida formação concertista, para logo dedicar-se , nos anos 60, à música popular. Durante esta década desenvolve uma intensa atividade como cantor, professor e locutor em rádio. É o marco de uma crescente mobilização popular no Uruguai. Participa do semanário Marcha . Cria e dirige o Núcleo de Educação Musical (Nemus). Seu primeiro trabalho discográfico é "Impressões para canto e guitarra e canções folclóricas", do ano de 1963. A seguir serão cinco produções até 1973. Sua obra adquire um caráter radical de forte conteúdo social e de esquerda, com letras associadas às lutas populares no Uruguai e na América Latina. No limite da repressão dos movimentos de esquerda, que vão preceder golpe de estado de 1973, Daniel Viglietti é preso um ano antes, em 1972. A campanha por sua libertação vem do exterior, lideradas por nomes como : Jean Paul Sartre, François Mitterrand, Julio Cortázar e Oscar Niemeyer. Em 1973 começa o seu exílio na Argentina, continuado na França, onde viverá 11 anos. Durante o exílio fará apresentações na Europa, América Latina , África e Australia, levando seu canto e denunciando a ditadura uruguaia. Seu exílio terminará com seu regresso a Montevideo em 01 de setembro de 1984, quando é recebido por milhares de pessoas num recital que relembra como o mais emociante em 40 anos de carreira. Desde então edita e reedita numerosos trabalhos entre os quais o entitulado "A duas vozes" com Mario Benedetti , de 1985, reflexo discográfico de diversos recitais realizados junto com o grande poeta uruguaio, durante o exílio compartilhado por ambos. A obra musical de Daniel Viglietti se caracteriza por mesclar elementos da música clássica com elementos do folclore uruguaio e latino-americano. Sua obra tem projeção mundial, sendo interpretada por artistas de várias nacionalidades, como Victor Jara, Amparo Ochoa, Isabel Parra, Joan Manuel Serrat, Mercedes Sosa, Chavela Vargas , Soledad Bravo , entre tantos outros. (tradução livre/fonte original :wikipedia )

Ouça o grande artista Daniel Viglietti nos excertos dos áudios: La llamarada (Julián García - Jorge Salerno) / Cruz de luz [Camilo Torres- Daniel Viglietti) / A desalambrar (ao vivo) (Daniel Viglietti) / Milonga de Andar Lejos (Daniel Viglietti )

NOEL GUARANY (26/12/1941 - 06/10/1998)

Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, ou melhor NOEL GUARANY . Nasceu em Bossoroca, 26 de dezembro de 1941. Faleceu em Santa Maria, a 6 de outubro de 1998. Violonista e pesquisador gaúcho. Artista brasileiro.
Na adolescência, aprendeu, de maneira autodidata, o idioma guarani, bem como a compor, tocar e cantar.Na década de 1960 percorreu diversos países latino-americanos, onde colheu diversos ensinamentos que utilizou como subsídio para criação de suas músicas durante toda a sua futura carreira.No final da década, apresentou alguns programas radiofônicos nas rádios de Cerro Largo e São Luiz Gonzaga, bem como nas rádios Gaúcha e Guaíba de Porto Alegre, RS. Em 1970, lançou, em conjunto com Cenair Maicá, com o qual vinha se apresentando pelo Rio Grande do Sul e em festivais na Argentina, um compacto simples, com as músicas Filosofia de Gaudério e Romance do Pala Velho.No ano seguinte, grava o seu primeiro LP, Legendas Missioneiras, pela gravadora RGE, que traz, entre outras, parcerias com Jayme Caetano Braun, Glênio Fagundes e Aureliano de Figueiredo Pinto. Neste disco, além das músicas constantes do compacto anterior, estão presentes outras pérolas de seu repertório, como Fandango na Fronteira, Gaudério e Eu e o Rio. Em 1973 sai Destino Missioneiro, pela gravadora Phonogram/Sinter, no qual repete algumas das parcerias do disco anterior, bem como traz composições próprias e de Barbosa Lessa e uma parceria com Aparício Silva Rillo. Neste disco, estão presentes grandes músicas como Destino Missioneiro e Destino de Peão. Seu terceiro LP é Sem Fronteiras, lançado em 1975 pela EMI/Odeon, que está repleto de músicas que acabaram se tornando clássicos do cancioneiro gaúcho, como Romance do Pala Velho, Potro Sem Dono (de Paulo Portela Fagundes), Filosofia de Gaudério, Balseiros do Rio Uruguai (de Barbosa Lessa), Décima do Potro Baio e Chamarrita sem Fronteira (as duas últimas, temas missioneiros recolhidos e adaptados por Noel Guarany), entre outras. No ano de 1976, Noel Guarany grava em parceria com Jayme Caetano Braun, de maneira independente, o LP Payador, Pampa, Guitarra. Gravado parte na Argentina e parte em São Paulo, o disco conta com a participação de grandes músicos argentinos. Em 1977 a RGE relança o disco Legendas Missioneiras, de 1971, com o título de Canto da Fronteira.Em 1978 sai o LP Noel Guarany Canta Aureliano de Figueiredo Pinto, pela RGE, que resgata a obra e a memória de um dos grandes poetas do regionalismo gaúcho.No ano seguinte, sai o disco De Pulperias, ainda pela gravadora RGE. Constam deste disco as músicas En el rancho y la cambicha, Rio de Los Pajaros e Milonga del peón de campo, de Mario Millan Medina, Anibal Sampayo e Atahualpa Yupanqui, respectivamente. Em 1980 sai Alma, Garra e Melodia, em que se destacam as músicas Maneco Queixo de Ferro e Índia cruda. Neste mesmo ano ocorre o show no Cinema Glória, na cidade de Santa Maria, que mais tarde, em 2003, viria a se tornar o disco Destino Missioneiro - Show Inédito. No ano de 1982, é lançado o LP Para o Que Olha Sem Ver, pela RGE, título que remete à música Para el que mira sin ver de autoria do cantor e poeta argentino Atahualpa Yupanqui (presente também na composição Los ejes de mi carreta). Além das citadas, estão presentes as músicas Boi Preto, Na Baixada do Manduca e Adeus Morena, músicas de inspiração folclórica. De se destacar, também, quatro composições de João Sampaio. Neste ponto, Noel Guarany, já com os primeiros sintomas da doença, começou a afastar-se dos palcos, e acabou redigindo uma carta aberta à imprensa, na qual reclama do tratamento recebido pela gravadora.Em 1985 retira-se definitivamente dos palcos, em cumprimento ao prometido na carta de 1983.No ano de 1988, em conjunto com Jorge Guedes e João Máximo, lança o disco A Volta do Missioneiro.Nos próximos 10 anos, o grande gaúcho, cada vez mais debilitado por uma doença degenerativa no cérebro, permaneceu recolhido em seu sítio na localidade de Vila Santos, na cidade de Santa Maria.Morreu no dia 06 de outubro de 1998, na Casa de Saúde de Santa Maria, tendo sido enterrado em Bossoroca, sua terra natal. (fonte: WIKIPEDIA).
Violonista e pesquisador gaúcho, ligado à música tradicional da região dos pampas, começou a gravar nos anos 60. Em seus discos procurava preservar e divulgar a canção missioneira, a milonga a chimarrita e temas do folclore guarani. Nascido em São Luiz Gonzaga, uma das sete cidades dos Sete Povos da Missões, desenvolveu trabalho fortemente ligado às origens missioneiras e índias, ligando-se a artistas de países como Paraguai e Argentina. Além de poeta e cantor, era também radialista e jornalista. Lançou o primeiro disco em 1970, seguido por outros dois, em diferentes gravadoras, mas decepcionou-se com o esquema "industrial" e passou a produzir seus próprios discos, tratando também ele mesmo da divulgação e distribuição. Uma das poucas músicas suas que chegaram a ficar conhecidas foi "Potro Sem Dono". (cliquemusic.uol.com.br/)

Vida breve
A carreira de Noel Guarany durou pouco. Mas os três lustros transcorridos de 1970 — quando venceu o VII Festival do Folclore Correntino ao lado de Cenair Maicá com a música Fandango na Fronteira em Santo Tomé, na Argentina — 1985 — quando deixou os palcos em protesto contra o tratamento dispensado pelas grandes gravadoras e pelo poder público à classe dos artistas -, foram suficientes para que ele mudasse para sempre a história da música no Rio Grande do Sul. Ainda ensaiaria um retorno em 1988, com o lançamento dos discos A Volta do Missioneiro e Troncos Missioneiros, este com Jayme, Cenair e Pedro Ortaça, e algumas apresentações. Mas uma doença degenerativa do sistema nervoso já o consumia de maneira irreversível. Passou os últimos anos recolhido em sua casa, em Santa Maria, muito debilitado e com alguns poucos lampejos de lucidez. Em abril de 1994, o jornal O Desgarrado, de Santa Cruz do Sul, foi visitá-lo. Foi a última vez que recebeu a imprensa antes passar à eternidade, o que ocorreria quatro anos depois. Já não conseguia articular idéias e responder às perguntas. Em sua memória, só restava nítida a lembrança dos amigos: Cenair, Jayme, Ortaça, Atahualpa Yupanqui e o uruguaio Aníbal Sampayo — e de como, em suas próprias palavras, "gostava de ser cantor". (fonte: http://www.anovademocracia.com.br/)

Conheça Noel Guarany nos excertos dos áudios: Gaudério (Aureliano de Figueiredo Pinto - Noel Guarany) / Eu e o rio (Glenio Fagundes - Noel Guarany / Romance do pala velho (Noel Guarany) /Costumes missioneiros (Jayme Caetano Braum - Noel Guarany).

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ARTISTAS CUBANOS - BOLA DE NIEVE

Ignacio Villa y Fernández, ou melhor BOLA DE NIEVE
Cubano, negro, homossexual, pró - revolucionário e, sobretudo, músico, Bola de Nieve faz parte dos mitos latino americanos do século XX, mas Ignacio Villa triunfou também na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. Quem era esta personagem que com apenas um piano e uma vozparticular, tinha em Edith Piaf, Andrés Segovia, Pablo Neruda, Paul Robeson, Josephine Baker,Alejo Carpentier ou Nicolás Guillén fieis admiradores? Bola, um ser atormentado que repetiasempre “eu sou um homem triste que canta sempre alegre”, e a época em que viveu, sãomagistralmente retratados neste documentário. (Apontamento inicial do Documentário Bola de Nieve - El Hombre Triste que Cantaba Alegre / Realização / Director: José Sánchez Montes / Espanha, Cuba, México / Spain, Cuba, Mexico, 2003, 73’ - http://www.atico7.com/).
Texto sobre Bola de Nieve do site :www.islaternura.com
En 1933,
en el legendario Teatro Politeama de la ciudad de México, un joven cantante de 22 años era "empujado'' a enfrentar, por primera vez como solista, a un público formado por cuatro mil personas. Enfundado en un elegante frac y sentado frente a un majestuoso piano de cola, no estaba del todo convencido de aquella presentación, ya que le habían propuesto que sustituyera a la actriz principal debido a una indisposición. En un primer momento la negativa fue rotunda, pero la insistencia de empresarios, amigos y artistas hizo que al fin aceptara. Aquella noche, "el decir'' de sus canciones y su refinamiento para tocar el piano provocaron que el público lo aceptara incondicionalmente. Aquel joven debutante era el cubano Ignacio Villa y Fernández, mejor conocido por su sobrenombre: Bola de Nieve, y la artista a quien sustituyó era su paisana, la excelsa Rita Montaner. A pesar de que existen múltiples crónicas y testimonios sobre este hecho artístico, Bola de Nieve, en su última entrevista antes de morir, comentaba: "La cosa fue así: dos compañeros con los que trabajaba en la revista teatral me dijeron: `¿Por qué no haces para el público eso que haces para jugar y divertirnos a nosotros? Debes hacerlo en el escenario para que el empresario te vea.' Y lo hice y gustó.'' Como sea, a partir de aquel momento empezaría a brillar un artista que en poco tiempo iba a ser admirado a nivel mundial. Los orígenes La forma en que Bola de Nieve dice sus canciones, "a media voz, casi recitadas -afirma Nicolás Guillén-, dejándolas escapar en el aire de la sala absorta'', no es un simple capricho personal, ni un recurso fácil para enganchar a la audiencia. Desde que nació, el gran Bola escuchaba canciones, decires y narraciones de su madre, negra cuentera, mujer lúdica y apasionada, capaz de bailar noches enteras las rumbas de cajón y los toques africanos como el Yemayá. Alejo Carpentier dice que el arte de Bola de Nieve está "nutrido de esencias cubanas, de sensibilidades nuestras''. Ignacio Jacinto Villa y Fernández nació en Villa Guanabacoa, La Habana, el 11 de septiembre de 1911. Otra mujer, aparte de su madre, sería determinante en su preparación artística y cultural: la tía Tomasa, Mamaquica. Gracias a ella pudo realizar sus primeros estudios (en 1927 terminó su carrera de maestro normalista) e iniciar, a los doce años, cursos de solfeo y teoría de la música. Años después,comenzó su aprendizaje del piano en el conservatorio José Marteu. Alguna vez aseveró que de María Cervantes obtuvo los aires románticos derivados de Manuel Saumell e Ignacio Cervantes y otros talentosos compositores cubanos del siglo XIX. El objetivo de Bola a nivel académico era ingresar a la Universidad de La Habana para estudiar pedagogía, pero: "vino una revuelta en Cuba. Fue en la época de Machado y yo tocaba el piano; sabía música, tenía conceptos o nociones de lo que era hacer música popular, que es lo que sigo haciendo. Pero entonces tenía que trabajar para comer y me dediqué a tocar el piano en un cine''. Posteriormente, se unió a la orquesta de Gilberto Valdez en el cabaret La Verbena. A inicios de los treinta, en una velada en el bar del Hotel Sevilla Biltmore, Rita Montaner quedó atrapada por su forma de tocar el piano y le propuso trabajar con ella. Bola no lo pensó dos veces y en 1933 realizó su primer viaje a México. Después de aquella memorable noche en el Teatro Politeama, la fama y la carrera artística corrieron de la mano y su popularidad fue creciendo, ahora sí, como una verdadera bola de nieve. Actuó en innumerables teatros y cabarets de la capital mexicana, entre ellos el Lírico, el Teatro Principal y el Cine Máximo. En 1936, como integrante del elenco de Lecuona, Bola viajó a la Argentina, donde cantó y tocó en teatros, cabarets y su voz se escuchó en la radio bonaerense. De nuevo en Cuba, en la ciudad de Matanzas, Bola de Nieve presentó un recital compuesto exclusivamente por sus canciones. De sus obras, "Drumi Mobilá'' y "Carlota Ta'Mori'' son llamadas por la crítica "ejemplos de la música de vanguardia de la época''. A mediados de los años cuarenta, Bola de Nieve era considerado en Latinoamérica uno de los artistas cubanos más distinguidos y sus conciertos se daban en los espacios reservados para los grandes artistas, como el Conservatorio Nacional de Buenos Aires y otras salas selectas. Resulta imposible hablar de todos los éxitos en la carrera artística de Bola de Nieve, he aquí sólo algunos. 1937. Viaja a Chile, Perú y por segunda ocasión a Argentina. 1947. Junto con la compañía de Conchita Piquer, canta por toda España. 1948. En el Café Society de Filadelfia, alterna con renombrados cantantes: Teddy Wilson, Art Dayton, Lena Horne y el notable músico Paul Robeson. 1948. En el mes de noviembre, en el Carnegie Hall de Nueva York, ofreció un insuperable concierto. Al día siguiente, el New York Times lo comparó con el francés Maurice Chevalier y con Nat King Cole. En aquella helada noche, Bola tuvo que salir nueve eces al escenario para agradecer los aplausos. 1950. En la radio Cubana CMQ, Bola iniciaría su programa Gran Show de Bola de Nieve, donde cantaba, dirigía una orquesta e invitaba a artistas cubanos y de otros países. 1950 a 1958. Viajó a Francia, Dinamarca, España, Inglaterra, México y Estados Unidos. 1956. En un recital en Washington, la prensa lo nombraría "Maestro de la canción cubana''. Para Bola, este acontecimiento significó un parteaguas en su carrera como concertista. De aquí en adelante sus conciertos fueron preparados con una disciplina y rigor excepcionales. Con el triunfo de la Revolución Cubana, Bola de Nieve viajó a la Unión Soviética y a casi todos los países de la Europa del Este. 1964. A partir de este año, fue contratado para actuar periódicamente en el restaurante Cardini Internacional de la ciudad de México.(...)... Por el año 1964, se iniciaron las primeras persecuciones y redadas masivas contra los homosexuales en la isla. No sólo Bola de Nieve sino también muchos otros artistas e intelectuales cubanos callaron, y sólo más tarde algunas voces aisladas denunciaron estos acontecimientos. 1965. Un antiguo restaurante cubano, el Monseigneur, fue restaurado y se convirtió en el Chez Bola. Ahí Bola cantaba y departía con el público. 1971. El 20 de agosto actuó en el Teatro Amadeo Roldán, en un homenaje a Rita Montaner. Fue su última presentación en un teatro. 1971. En octubre fue invitado a Lima, Perú, con escala en México. Bola nunca llegaría a cumplir este contrato. (transcrições de texto / fonte:fonte:http://www.islaternura.com)
Conheça um pouco de Bola de Nieve nos excertos das músicas:Alma Mia (D. Centeno - H. Marco / Ay, Mama Ines (Eliseo Grenet) / Babalú (Margarita Lecuona) / Drume Negrita (Ernesto Grenet Wind) / La flor de la canela (Contursi Jose Maria- Mores Mariano) .


BOLA DE NIEVE - ARTISTAS CUBANOS

ARTISTAS PORTUGUESES - CRISTINA BRANCO

CRISTINA BRANCO - Cantora portuguesa nascida em Almeirim (Ribatejo) em Dezembro de 1972.Apesar de ter por Amália uma profunda admiração desde que o seu avô lhe ofereceu um disco da diva, "Rara e Inédita", tudo começou quando, "por brincadeira", num jantar de amigos, cantou fado pela primeira vez. Não se considera fadista.A cantora grava "Cristina Branco Live in Holland", em edição de autor, registado ao vivo em dois concertos realizados no dia 25 de Abril de 1996. Foram feitos mil exemplares "que se venderam imediatamente", logo seguidos por novas edições sucessivas, até se chegar aos 5000 discos vendidos. Foi com este cd que tudo começou.Ao participar no "Programa da Manhã" da RTP é vista por José Melo que a convida para cantar em Amsterdão, em Abril de 1997, para o Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda. E passa a ser o seu manager.O disco "Murmúrios" foi editado pela editora holandesa Music & Words. O disco reúne 14 temas, desde fados tradicionais como "Abandono" (imortalizado por Amália, com texto de David Mourão-Ferreira) a versões de Sérgio Godinho ("As certezas do meu mais brilhante amor") ou José Afonso ("Pomba branca"). A maioria dos temas tem assinatura de Maria Duarte, autora dos textos, e música de Custódio Castelo. Em França recebeu, em 1999, o Prix Choc da revista "Le Monde de la Musique" pelo melhor CD de música tradicional.Em Fevereiro de 2000 sai o álbum "Post-Scriptum" (título de um poema de Maria Teresa Horta). Conquistou o Prix Choc, deste vez para o melhor álbum do mês de Março, em França.Na Holanda foi editado o disco "Cristina Branco Canta Slauerhoff", o segundo desse ano, com textos do poeta holandês J. J. Slauerhoff (1925-1976) Jan S. (1898-1936), com tradução de Mila Vidal Paletti e música de Custódio Castelo. O disco constitui como que uma prova de agradecimento de Cristina Branco ao país que lhe abriu as portas do sucesso embora nunca tenha vivido na Holanda.Durante o ano de 2000, a cantora realizou cerca de 130 espectáculos por todo o mundo.O disco "Corpo Iluminado", o primeiro com edição da Universal francesa, foi editado em 2001.Em 2002 é reeditado "O Descobridor", novo título para o disco onde canta Slauerhoff, com três novos temas.O sexto álbum de Cristina Branco, de título "Sensus" foi editado pela Universal, no dia 24 de Março de 2003. A música é assinada por Custódio Castelo. O álbum conta com letras de David Mourão-Ferreira, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Eugénio de Andrade, Camões e Shakespeare, entre outros."Ulisses" é o nome do disco seguinte, editado em 2005. Em 2006 é editado um registo ao vivo.O ano de 2007 realizou vários espectáculos de revisitação à obra de José Afonso, no seu mais recente trabalho, "Abril". (fonte:http://pt.wikipedia.org/).
Ouça a bela intérprete portuguesa Cristina Branco nos excertos dos áudios : Coro da Primavera (Zeca Afonso) (2007); Porque Me Olhas Assim (Fausto Bordalo) (2005) e Pastoras da Estrela (Miguel Carvalhinho)(2003) .



JARDS MACALÉ

JARDS ANET DA SILVA - ou melhor: JARDS MACALÉ. Nasceu no bairro da Tijuca (RJ) em 1943.Cantor, violonista, compositor, arranjador e ator, o carioca Jards Anet da Silva viveu desde cedo em meio à música, seja ouvindo, tocando ou estudando, chegando a trabalhar como copista do maestro Severino Araújo. No futebol, porém, era uma negação: ganhou dos amigos de pelada o apelido de Macalé em "homenagem" ao pior jogador do Botafogo da época. Amigo dos músicos baianos, em 1966 dirigiu um show de Maria Bethânia. Acompanhou de perto o Tropicalismo e, em 1969, entrou sob vaias no IV Festival Internacional da Canção, numa teatral apresentação do rock "Gotham City". Em 1970, Macalé foi a Londres em encontro dos baianos exilados. Com músicas gravadas por Gal Costa ("Hotel das Estrelas", "Vapor Barato"), Maria Bethânia ("Anjo Exterminado" e "Movimento dos Barcos") e Clara Nunes ("O Mais-Que-Perfeito"), resolveu fazer, na volta para o Brasil, seu primeiro LP solo, "Jards Macalé" (1972). No ano seguinte, gravou ao vivo, com vários artistas, o "Banquete dos Mendigos", disco duplo para comemorar o 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Censurado, o álbum só saiu anos mais tarde. Em 1974, Macalé lançou o LP "Aprender a Nadar", apresentando a linha de morbeza (morbidez + beleza) romântica do parceiro Waly Salomão. Num dos vários lances de irreverência de sua carreira, alugou uma das barcas da Cantareira para fazer o lançamento do disco e terminou o show jogando-se no mar. Em 1987, lançou o LP "Quatro Batutas e um Curinga" e curtiu um hiato fonográfico de 11 anos, rompido por "O Q Faço É Música". Nesse meio tempo, seu trabalho veio sendo reconhecido tanto pelos jovens músicos ("Gotham City" foi regravada pelo Camisa de Vênus e "Vapor Barato" pelo Rappa) quanto pelos veteranos (Moreira da Silva, rei do samba de breque, passou-lhe o chapéu). (fonte:http://cliquemusic.uol.com.br). Em 2008 lançou o cd Macao. Confira na página do artista (clique na foto) ou na www.biscoitofino.com.br/).
Modesta opinião de um admirador de Macalé: Jards Macalé sempre me impressinou. Como compositor, intérprete e criador. Talvez seja o único músico brasileiro que consegue trazer incorporado na sua forma de cantar e na sonoridade do seu violão - uma interpretação paralela - a ironia e o sarcasmo de Noel Rosa, o deboche do Modernismo, antropofágico,atrevido, e , ao mesmo tempo, nos brinda com a taça da tragicidade, trespassando versos, o palco urbano. Esta brasilidade é uma herança personalizada , criativa, genuinamente brasileira, que faz de Jards Macalé, único. Toda música interpretada por Jards Macalé é uma outra musica. Ou se redescobre interpretativamente ou toma diferente concepção de tempo. Somente os verdadeiros artistas conseguem estes feitos. (Mario Bernardino - Santos - SP.)
clique na imagem para acessar ao site do artista.
Conheça um pouco do trabalho de Jards Macalé nos excertos das músicas abaixo. Desculpem (especialmente Macalé) por algumas interpolações . A intenção é somente divulgar o trabalho do artista.Movimento Dos Barcos (Jards Macalé-Capinan)1972 / Rua Real Grandeza - Art. 23-c (O banquete dos mendigos)1974 / Negra Melodia (Jards Macalé- Waly Salomão)1977 / O Mais-Que-Perfeito (Vinicius de Moraes - Jards Macalé)1998 / Rei de Janeiro (Glauber Rocha - Jards Macalé) 1998 / Positivismo (Noel Rosa - Orestes Barbosa)2003/Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel)2008.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

GEREBA

WINSTON GERALDO GUIMARÃES BARRETO - ou melhor GEREBA, O MAESTRO DO SERTÃO. Músico de grande versatilidade, Gereba, nasceu em Monte Santo, BA e realizou importantes projetos para a música brasileira como instrumentista, compositor, arranjador e produtor cultural.Seu primeiro disco solo é de 1973, "Gereba - Bendegó". Em 1976 lançou, junto ao grupo Bendegó, "Onde o olhar não mira". Com o mesmo grupo, lançou mais três discos: "Bendegó", de 1979, "Bendegó 2", de 1981 e "La Nave Vá", de 1986.Em 1985 lançou disco solo "Te Esperei".Vários outros discos vieram, entre eles, "Cantando com a platéia - Tom Zé e Gereba", de 1990; "Gereba convida" com Cássia Eller, Na Ozzetti, Vânia Bastos e outros, de 1993, "Serenata na Umes Gereba convida" coletânea de 6 cds gravados ao vivo com grandes interpretes de Silvio Caldas a Arrigo Barnabé, de 1997, "Canudos", (homenagem ao centenário de Canudos); de 1997 "Forró da baronesa", de 2000; "Canções que vêm do sol", de 2001 e "Sertão", de 2002 (homenagem ao centenário da obra de Euclydes da Cunha), no qual contou com a participação de Dominguinhos, Orquestra Sinfônica de Natal e Júlio Medaglia, como arranjador.Entre os projetos que participou, seja como mentor, instrumentista e/ou arranjador, cito o primeiro trio elétrico a rodar pela orla marítima de Salvador o "Carnaforró", introduzindo o forró no carnaval da Bahia com o genial Luiz Gonzaga e o seu mais fiel discípulo Dominguinhos, inaugurando o circuito Barra-Ondina. Grandes intérpretes gravaram suas composições: Elizeth Cardoso, Beth Carvalho, Fagner, Amelinha, Leon Gieco (Argentina), o guitarrista Folkan Crieg (Alemanha), entre outros. Fez arranjo para Caetano Veloso (Canto do Povo de um lugar-disco Jóia) e em mais de 40 discos: Moraes Moreira, Macalé, Oswaldinho etc, levou a Serenata para a Europa e o seu Projeto "Forró e Gol" para São Francisco, Califórnia. Seu vínculo com teatro vem de longe. Compôs, na década de 70, para a peça "Quincas Berro D' água", de Jorge Amado, em parceria com Patinhas, e mais recentemente, fez a direção musical e atuou no espetáculo "Sertão Sertões São", além da trilha para os espetáculos infantis "A Lenda do Quebra Nozes" e "Don Quixote".em cartaz em São Paulo."Sertão Sertões São" e "A Lenda do Quebra Nozes" musicais premiados e escolhidos para representar o Brasil no Festival Internacional do Mercosul no Uruguai e Argentina em 2004. Em 2007, lançou o CD, "Don Quixote Xote Xote" , que conta com parcerias de poetas consagrados como Abel Silva ( autor de Jura Secreta e Festa do Interior) e Capinan (Ponteio e Soy loco por ti América) além das participações especiais do ator e diretor Paulo Betti e das crianças do "Projeto Guri". Esse trabalho nos remete à magia das aventuras dos personagens de Cervantes, que se deslocam de La Mancha na Espanha para um passeio musical pelo nosso sertão, passando pelo Raso da Catarina ou pelas dunas de Natal, banhando-se em nossa cultura brasileira. Selo independente Pôr do Som, com distribuição da BrazilMúsica! / Atração.O trabalho resultou no musical infantil Dom Quixote dirigido por Telma Dias, com quem o compositor já fez outros musicais.

Ouça o excelente compositor Gereba nos excertos das músicas: Manto Azul (João Bá - Gereba) 1997 ; Banco de areia, canta por Gereba e Grupo Bendegó (João Bá - Vidal França - Kapenga - Gereba)1981; Rancheira (Tuzé Abreu - Gereba) 1981 e No pé da escada (Gereba-Patinhas) 1997.

ARTISTAS PORTUGUESES - AMELIA MUGE

AMELIA MUGE - cantora, instrumentista, compositora, escritora de letras para canções, etc. É uma portuguesa nascida em Moçambique em 1952. Vive em Portugal desde 1984. Estudou Belas Artes e História. A sua música junta tradição e inovação. Partindo da música tradicional portuguesa e africana para alcançar uma grande modernidade. Recorrendo tanto a intrumentos tradicionais como a "novas tecnologias" nessa busca de inovação. A música da Amélia Muge destaca-se também pela beleza das letras das suas canções. Ela tem musicado tanto poemas da sua própria autoria como poemas de vários poetas da língua portuguesa, onde se destacam Fernando Pessoa e Grabato Dias, sem esquecer os poemas de origem tradicional. (wikipedia).
A música de Amélia é um universo sonoro muito particular, percorrendo rotas que ligam o antigo ao moderno, o popular ao erudito, a música portuguesa às músicas do mundo. Um espaço e tempo que não segue as convenções de leitura habituais. Uma matéria musical em viagem, desafiando as fronteiras dos géneros e dos estilos. A música de Amélia Muge recorre a ambientes sonoros desarrumados por uma inquietação que não se contenta em interrogar o “passado”, mas sobretudo a própria “modernidade” e as suas “novas tecnologias”, como se de um velhíssimo facto consumado se tratasse. Tem composto canções para diversas actividades Culturais e Educacionais: Teatro, Poesia, Programas da Rádio e T.V., Campanhas de Educação Sanitária e de Preservação do Meio Ambiente, Alfabetização de Adultos, Ensino Primário, Formação Profissional e Dinamização Sócio-Cultural. Tem musicado poemas de Camões, Pessoa, Cesário Verde, Grabato Dias, Ramos Rosa, Flávia Monsaraz, José Afonso e Carlos Drumond de Andrade; de poetas algarvios, vários autores moçambicanos (entre eles Mutimati), franceses, ingleses, galegos (como Rosalia de Castro), poesias de cancioneiros e dela própria. Fez parte do agrupamento e participou na edição de discos de Júlio Pereira. Em 1992, lança o seu primeiro CD, "Múgica". Participa nos III Encontros Musicais da Tradição Europeia, em Portugal, e nas "Lusofonias", em Amsterdam. Em 1993, participa no espectáculo "Lisboa, Tejo e tudo" e nos Encontros Acarte; faz um recital integrado na "História e Cultura dos Portugueses em França" (Paris) e realiza também uma digressão nacional em circuito universitário. Em 1994, dá três recitais no Instituto Franco-Português, intervém no V Festival Inter-Céltico no Porto, grava o seu segundo CD intitulado, "Todos os dias", e apresenta este trabalho em digressão pela Holanda e Bélgica. Em 1995, realiza uma digressão nacional que termina no Centro Cultural de Belém. Juntamente com José Mário Branco e João Afonso, grava o álbum ao vivo "Maio Maduro Maio" com temas de José Afonso. Participa também nos "Musicais de Bastia", na Córsega. Em 1998 edita o disco "Taco a Taco" que a viria a consagrar em 1999 com o prémio José Afonso, o mais importante prémio da Música Popular Portuguesa. (fonte:http://www.attambur.com). O disco "A Monte" , editado em 2002, foi o terceiro album de originais de Amélia Muge. Cinco anos após "A Monte", em 2007, Amélia Muge regressa aos discos com “Não sou daqui”. O Espectáculo surge de um disco que "interroga a canção, desafiando-a como, um possível lugar de todos". Assim se descreve uma Amélia Muge à frente do seu tempo.

Ouça a excepcional artista Amelia Muge nos excertos das músicas: Por trás daquela janela (Zeca Afonso)2002/ Benditos,(de Zeca Afonso) (interpretada com Jose Mario Branco, Amelia Muge e João Afonso) 1995 e Menino do bairro negro (Zeca Afonso).


ADRIANA MACIEL

ADRIANA MACIEL - Nascida em Brasília, a cantora estudou música na Universidade de Brasília e dedicou-se ao canto e à flauta transversa. Em 1986 mudou-se para o Rio de Janeiro, procurando trabalhar com teatro, mas acabou integrando a banda de Oswaldo Montenegro, como backing vocal. Mais tarde voltou ao teatro, mas fazendo a parte musical, tendo trabalhado com os diretores Luiz Fernando Lobo e Moacyr Góes ("Trilogia Tebana" e "Abelardo e Heloísa"). Com o sucesso de sua participação em "Abelardo e Heloísa" foi chamada para gravar seu primeiro disco, homônimo, em 97 pelo selo Geléia Geral, produzido por Celso Fonseca. Desse CD, a música "Grama Verde" (Vítor Ramil/ André Gomes) ficou conhecida depois de fazer parte da trilha sonora de uma novela da TV Globo. Além dessa, integravam o repertório composições de Arnaldo Antunes, Péricles Cavalcanti, José Miguel Wisnik, Zé Ramalho e outros. O segundo disco, o independente "Sozinha Minha" foi produzido por Sacha Amback e lançado em 2000 com canções de Chico César, Carlos Careqa, Lobão (a faixa-título), Zeca Baleiro, Chris Braun e outros.Em 2004 lançou o CD chamado Poeira Leve(Deckdisc)com participações vocais de Zeca Baleiro, Moska e Vitor Ramil. Em 2008 lançou o trabalho DEZ CANÇÕES - ADRIANA MACIEL.
Ouça Adriana Maciel nos excertos das músicas: Cão (Like a Dog) (Vitor Ramil)2008; /Até Não Mais (Kledir Ramil) (com Vitor Ramil)2004; / Eva e eu (Arnaldo Antunes - Péricles Cavalcanti)1997; / Acabou chorare (Moraes Moreira- Galvão)2004 / Só (Tom Zé) (com particip.Zeca Baleiro) 2004.

sábado, 15 de novembro de 2008

JURAILDES DA CRUZ

JURAILDES DA CRUZ - O cantor e compositor Juraildes da Cruz nasceu no dia 23 de novembro de 1954 em Aurora do Norte, hoje estado do Tocantins. Cresceu ouvindo cantigas de roda, folias de reis, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Iniciou sua carreira artística em 1976, quando participou do GREMI, Festival de Arte de Inhumas (Goiás), e foi classificado em primeiro lugar. Participou de mais de cem festivais de música, com destaque para o Festival Tupi-79, onde se apresentou com Genésio Tocantins, ao lado de artistas como Caetano Veloso, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Jackson do Pandeiro. Gravou seu primeiro disco, Cheiro da Terra, em 1990, contando com a participação de grandes nomes como Chiquinho do Acordeon, Sebastião Tapajós, Paulo Moura, Jaques Morelenbaum, Fernando Carvalho, Nilson Chaves, Mingo e Xangai. Suas composições já foram gravadas por Pena Branca e Xavantinho, Xangai, Rolando Boldrin e Margareth Menezes, entre outros. Em 1994, Pena Branca e Xavantinho gravaram a composição de Juraildes "Memória De Carreiro", que abre o CD Uma Dupla Brasileira. Participou, ainda, do CD gravado ao vivo Canto Cerrado, no qual interpretou "Nóis É Jeca Mas É Jóia". Cantou também com Xangai o forró "Fuzuê Na Taboca" no CD Eugênio Avelino - Lua Cheia, Lua Nova. Em 2000, foi classificado no concurso do projeto "Rumos Musicais", do Banco Itaú para fazer o mapeamento cultural do país, representando o Centro-Oeste e especialmente o Tocantins. Para gravar o CD Nóis é Jeca Mais é Jóia, retomou sua parceria com Xangai.
Ouça Juraildes da Cruz nos excertos das músicas: Mestre Gabriel;Convida eu (pra Bush e Saddan)(2004);Quem Planta Colhe (Juraildes da Cruz)(1998)e Correr de mim (Juraildes da Cruz) (2004)

CIDA MOREIRA

CIDA MOREIRA - Cantora e pianista paulista. Começou sua carreira na década de 70, trabalhando em teatro e musicais . Em 1981, lançou seu primeiro disco, "Summertime", gravado ao vivo, contendo "Summertime" (D. Heyward e G. Gershwin) e "Dream a little dream of me" (W. Schwant, F. André e G. Kahan), além da versão censurada da canção "Geni" (Chico Buarque), entre outras. Em 1983, gravou o LP "Abolerado blues", que incluiu "Traçado" (Zé Rodrix e Tico Terpins) e "Cingapura" (Eduardo Dusek), entre outras. Em 1986, lançou o LP "Cida Moreira", registrando as canções "Vocalise" (Arrigo Barnabé), "Balada do louco" (Arnaldo Batista e Rita Lee) e "Como diria Satie" (José Miguel Wisnick), entre outras. Em 1988, gravou o LP "Cida Moreira interpreta Brecht", com destaque para "Moritat" (Bertolt Brecht e Kurt Weill) e "Canção do vendedor de vinho" (Bertolt Brecht e Kurt Weill/vrs: Cacá Rosset), entre outras. Em 1993, lançou o CD "Cida Moreira canta Chico Buarque", interpretando uma seleção de canções do compositor que incluiu "Morte e vida Severina", "Soneto" e "Suburbano coração", entre outras. Em 1997, gravou o CD "Na trilha do cinema", registrando canções incluídas em trilhas sonoras do cinema nacional, como "Bye bye Brasil" (Chico Buarque e Roberto Menescal), "À flor da pele" (Chico Buarque) e "Minha desventura" (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), entre outras. Em 2004, lançou "Na Trilha do Cinema". Em 2008 lançou o CD "Cida Moreira canta Cartola". pela Lua Music. Cida Moreira é mais que uma cantora. É uma atriz musical.
CIDA MOREIRA .............. A cantora, pianista e atriz Cida Moreira é uma artista única, dona de uma obra personalíssima. Desde seu primeiro disco, “Summertime”, em 1981, que ela encanta ouvidos de gosto apurado. E na telas do Cinema Nacional tornou-se, junto com Carla Camurati, musa do cinema inventivo da dupla José Antônio Garcia e Ícaro Martins, na trilogia formada por “O Olho Mágico do Amor”, “Onda Nova” e “Estrela Nua”. Legítima representante da vanguarda paulista, Cida Moreira não faz concessões comerciais em seu trabalho. E se o resultado acaba por afastá-la do grande público, a insere num círculo de privilegiados que há mais de duas décadas se surpreende com a inteligência, o vigor e os caminhos descortinados pela artista. (extraído do site: http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/)

Ouça a grande intérprete Cida Moreira, nos excertos das músicas: California dreamin' (J&M Philips)(1981);Furação [Hurricane] (Bob Dylan / J. Levy / Vrs. Miguel Paiva) (1986); Surabaya Johnny (Silvia Vergueiro - B.Brecht - K.Weill)(1986);Balada Dos Piratas (Ballade Von Den Seeräubern)(Kurt Schwaen - Bertolt Brecht)(1988);A Terceira Margem Do Rio (Milton Nascimento Caetano Veloso) EAutonomia (Cartola)(2008)


PASSOCA

PASSOCA - Marco Antonio Vilalba, o Passoca, nasceu em 21 de novembro de 1949, em Santos, SP. Na década de 70 participou do grupo Flying Banana. Tocava bateria e violão, mas depois mudou para a viola, influenciado por Renato Teixeira e Almir Sater. Em São Paulo, abriu shows de Ednardo e do Grupo Bendegó. Em 1978 lançou o primeiro disco, um compacto simples com as músicas "Cão vadio" e "Sombras". Em 1980 lançou seu primeiro LP, "Que nada", no qual gravou entre outras, "Bicho de pé", parceria com Renato Teixeira, "Viola braguesa" e "Era na era", de sua autoria e "Guacyra", clássico de Hekel Tavares e Joracy Camargo. Em 1982, compôs e gravou "Sonora garoa", uma de suas principais composições.
Ao longo da carreira, já lançou seis discos. Em 1995, lançou o CD "Sabiacidade", no qual interpretou "O trenzinho caipira", de Villa-Lobos e Ferreira Gullar e a inédita "Moda de Botucatu", de Angelino de Oliveira e Chico de Paula. Em 1997, lançou pela Devil Discos o CD "Breve história da música caipira", onde interpreta diversos clássicos da música sertaneja, com obras de João Pacífico, Raul Torres, Alvarenga e Ranchinho, Tião Carreiro e Renato Teixeira e Angelino de Oliveira. No mesmo ano, participou no Rio de Janeiro da série "Violão brasileiro", no Museu do Telephone.
Em 1998, participou do projeto "Violeiros do Brasil", em shows realizados em diversas cidades do país, pelo Sesc-Núcleo Contemporâneo, que resultou no CD Homônimo, gravado ao vivo durante o show. Em 1999, gravou um disco independente com músicas inéditas de Adoniran Barbosa incluindo "Ditado", que ele musicou a partir da letra deixada pelo compositor paulista. No mesmo ano, apresentou-se novamente no Rio de Janeiro, no Museu da República.
Participou, em 2004, do CD "Violeiros do Brasil, com a faixa "Tristeza do Jeca", de Angelino de Oliveira. O disco foi gravado ao vivo no Teatro do Sesc Pompéia entre agosto e setembro de 1997 e lançado em junho de 1998, pelo SESC-Núcleo Contemporâneo. Em outubro de 2004, o CD foi relançado pelo Selo Revivendo. A edição apresenta importantes artistas da viola caipira das várias regiões do Brasil, entre os quais, Almir Sater, Zé Gomes, Renato Andrade, Roberto Corrêa, Paulo Freire, Ivan Vilela, Pereira da Viola, Josias Dos Santos, Angelino de Oliveira, Renato Andrade, Tavinho Moura, Heitor Villa-lobos, Zé Mulato e Cassiano e Zé Coco do Riachão. O projeto foi idealizado pela produtora Myriam Taubkin e a gravação do disco foi sugerida pelo músico e produtor Benjamim Taubkin. Em 2005, comemorou 30 anos de carreira com o lançamento de uma caixa de três CDs de seu selo em associação com a gravadora Atração. Dois dos Cds, "Breve história da música caipira" e "Passoca canta inéditos de Adoniran Barbosa" são reedições. O novo é "Passoca canta João Pacífico, que reúne clássicos do consagrado compositor da música caipira, como "Cabocla Teresa", "Pingo d'água", "Chico Mulato", "Mourão da porteira" (parcerias com Raul Torres) e, ainda,"Minha rua vai se chamar saudade", "No fim da estrada" e a parceria de Pacífico com o próprio Passoca, "Rio Tietê". (fonte: http://www.dicionariompb.com.br) .
Ouça o cantor santista Passoca nos excertos das músicas: Chegou a Noite (Eurico de Campos) (1984);Curió (Passoca)(1996);Moda de botucatu (Angelino de Oliveira - Chico de Paula)(1996); e Sonora Garoa (Passoca)(1997)

ARTISTAS PORTUGUESES - FAUSTO BORDALO

FAUSTO BORDALO - Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias , ou melhor: FAUSTO BORDALO - (biografia resumida) - Cantor, compositor e arranjor português. Nasceu a 26 de Novembro de 1948, no meio do Oceano Atlântico, entre Portugal e Angola, a bordo de um navio. Os seus primeiro 20 anos de vida são repartidos entre África e a Europa, mas é na antiga colónia portuguesa que passa grande parte da infância e adolescência. A sua aprendizagem musical inicia-se a partir de ritmos africanos que lhe foram transmitidos por um colega de escola no Huambo. Embora a cultura africana tenha sido um pilar na educação de Fausto, os valores da cultura portuguesa, sobretudo os da Beira Baixa (de onde a sua família é natural) estiveram sempre presentes na sua vida.Musicalmente, Fausto considera-se um herdeiro fiel de músicos como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira ou Edmundo Bettencourt, no trabalho de renovação da música tradicional portuguesa.Em 1968 mantém contato com José Afonso e aprofunda seus conhecimentos e ligações às raizes tradicionais da música portuguesa.Recebe o Prêmio Revelação em 1969 pela Rádio Renascença.Na década de 70 vive de forma discreta e clandestina em virtude do não comparecimento no quartel para o qual havia sido convocado. É considerado refratátrio.Após o 25 de Abril, segue-se um período de grande actividade política e cultural, com milhares de espectáculos por todo o país. Desenvolve atividade musical de arranjador e produtor de outros artistas. A temática da diáspora e dos Descobrimentos passa a ocupar um espaço essencial em seu trabalho musical.Passa por períodos de silêncio. Em 1996, lança a dupla colectânea "Atrás Dos Tempos Vêm Tempos", que inclui 27 canções suas, agora regravadas, e que chega a Disco de Ouro por vendas superiores a 20 mil cópias. Em 2003 lança A Ópera mágica do cantor maldito. (informações extraídas de forma reduzida do site http://fausto.blogtok.com).
Discofrafia de Fausto Bordalo:Fausto (1970) /Pró que der e vier (1974) /Beco com saída (1975) /Madrugada dos trapeiros (1977) /Histórias de viajeiros (1979) / Por este rio acima (1982) / O Despertar dos alquimistas (1985) Para além das cordilheiras (1987) / A preto e branco (1988) Crónicas da terra ardente (1994) / A Ópera mágica do cantor maldito (2003)



Ouça abaixo trechos da música de Fausto Bordalo, nos excertos das músicas:Um Breve Bilhete Apenas (2003 - disco: A Ópera Mágica do Cantor Maldito) / O que a vida me deu (1982 - disco:Por este rio acima) / Por este rio acima - (1982 - disco:Por este rio acima) / Uma cantiga de desemprego ( 1996 - disco: Atrás dos tempos...)



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

FERNANDO LONA - (19/3/1937 Salvador, BA. 5/11/1977 BR 116)

FERNANDO LONA - (19/3/1937 Salvador, BA. 5/11/1977 BR 116) nascido na cidade de Ubaitaba, sul da Bahia em 19 de março de 1937. Compondo e tocando violão desde garoto, iniciou suas carreira artística em Salvador em programas da TV Itapoã e em 1963 teve sua primeira musica gravada, Lamento de Justino, em parceria com Orlando Sena, integrante da trilha sonora do filme Grito da Terra, de Olney São Paulo. Projetou-se ainda mais realizando inúmeros shows individuais na capital baiana e participando dos espetáculos Nós por exemplo e Nova bossa velha e velha bossa nova, com um emergente grupo de artistas integrados por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Em 1966 sua musica Porta estandarte, com Geraldo Vandré, ganhou o primeiro lugar no Festival Nacional de Musica Popular promovido pela TV Excelsior de São Paulo. Inteiramente engajado em seu tempo, Fernando Lona, atuou como diretor, ator e compositor de trilhas de inúmeras peças teatrais, como O Desenbestado, de Ariovaldo Matos e Arena canta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri. Em 1972 compôs a trilha sonora da novela Sol amarelo da TV Record e no ano de 1974 inauguraria o Teatro Gamboa em Salvador musicando a peça Santa Maria Egípcia e trabalhando como ator em As Criadas. Em 1977 lançou seu único LP intitulado Cidadão do mundo, reunindo 12 das suas mais expressivas composições, trata-se de um disco importante, pois revela Fernando Lona como um dos mais talentosos artistas de sua época, além de um excelente ntérprete. O repertório composto por Desencanto; Três três; Queimada; Auto retrato; ABC; Fado das gaiolas e Caiado, com Carlos Pita; Cidadão do mundo e Estandarte de couro: Brazões, com Cid Seixas; Beira mágoa, com Jose Augusto; Águas do sertão, com Carlos Pita e César Ubaldo e Porta estandarte, com Geraldo Vandré, nos da uma verdadeira idéia do seu universo criativo e da forte influencia que o regionalismo musical nordestino se inseria em sua obra. As temáticas demonstram que apesar de sua permanente vivencia em grandes centros urbanos, é a imagem do interior que predomina. Em Desencanto, se mostra lírico e nostálgico, em Cidadão do mundo e Auto retrato se define e ao mesmo tempo questiona a própria existência como se buscasse uma resposta para seu próprio ser. Um disco autoral em que a beleza das canções traduzem uma personalidade voltada para a sua própria permanência como elemento integrante da paisagem rural brasileira e um sentimento nativista tão forte como um Jequitibá, cristalino como as águas do rio e penetrante como o por do sol. Apenas um único disco, mas o suficiente para se inserir dentre os mais significativos da música popular brasileira por revelar por inteiro um artista que aliava como poucos a beleza dos versos, da harmonia e as imagens fortes de sua época. Na Bahia já há quem diga ao se referir aos anos sessenta e setenta como no tempo do Fernando Lona. Hoje seu canto ecoa nos ouvidos e na lembrança daqueles que lhe foram contemporâneos, mas basta ouvi-lo para perceber sua atemporalidade, e a Bahia e o Brasil ainda estão em falta com a sua memória. (texto de 2005 por Luiz Americo - site: http://www.luizamerico.com.br) . Fernando Lona faleceu no final do ano de 1977, em acidente na Rodovia BR 116, quando viajava de automóvel para Curitiba há menos de 10 dias do show que faria com Vidal França e Bando de Macambira no show "De Cordel e Bordel" (informação de: http://www.millarch.org/ (tablóide digital de Aramis Millarch).

FERNANDO LONA EM LIVRO - Sem dúvida que o último dia 11 de abril (2008) entrará para a história das letras baianas e em particular da música popular brasileira, pois foi o dia do lançamento do livro "Um encanto de vida. Um canto para sempre..." escrito por Ana Maria Duarte Lona, cunhada de Fernando Lona, e lançado em Ubaitaba, terra onde se criou o nosso artista, e de onde saiu para fazer fama Brasil afora. (fonte: http://www.agora-online.com.br/ - recente artigo de Luiz Américo de 13/11/2008)
Ouça trechos de composições de Fernando Lona, musicas interpretadas por outros artistas (Quinteto Violado: Três Três e Nilton Cesar : Eu sou Eu) e por ele as demais.01 - Fernando Lona - Queimada02 - Quinteto Violado - 1973 - Berra Boi - Três Três (Fernando Lona)03 - Nilton Cesar - 1970 - Eu sou Eu (Fernando Lona)04 - Fernando Lona - 1977 - Estandarte de Couro Brazões05 - Fernando Lona - 1977 - Caiado (Fernando Lona / Carlos Pita)06 - Fernando Lona - 1977 - Fado das Gaiolas (Fernando Lona / Carlos Pita)07 - Fernando Lona - 1977 - Porta Estandarte (Fernando Lona / Geraldo Vandré)