domingo, 14 de dezembro de 2008

JUSSARA SILVEIRA

JUSSARA SILVEIRA . Cantora baiana. Há talvez quem insista em frisar sua origem mineira. Jussara é natural de Minas, mas uma cantora baiana. Jussara Silveira estreou como cantora em 1989, no Teatro Castro Alves, maior casa de espetáculos da Bahia. No ano seguinte, já ganhava fôlego para mostrar seu trabalho no grande auditório do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP). A partir daí, tem cantado nas mais importantes casas de shows de São Paulo, do Rio de Janeiro e muitas outras cidades do Brasil e do exterior.
Jussara não representa. É o que é: uma apaixonada por canções. Sabe ser vigorosa ou cool. Ter leveza ou densidade. Brincar ou ficar séria. Sua voz tem um timbre todo seu, que se molda expressivamente às mais diversas circunstâncias de letra e música. Ela cresceu ouvindo o repertório erudito, na casa da família em Salvador (Bahia). Depois cursou a prestigiada Academia Música Atual. Estudou canto com Adriana Widmer, no Curso Preparatório de Canto da Universidade Federal da Bahia, e canto coral com o maestro Lindembergue Cardoso. Mais adiante, viria a estudar técnica vocal com Maria Helena Bezzi, no Rio. Vencedora do Prêmio Copene de Cultura e Arte (hoje Prêmio Braskem), na Bahia, Jussara lançou seu primeiro disco solo em 1997 (selo Dubas Música/Universal). Participou de várias coletâneas, como o antológico CD Diplomacia - Tributo a Batatinha (EMI) e Cole Porter e George Gershwin – Canções, Versões, de Carlos Rennó (selo Geléia Geral/warner) Em 1998, lança seu segundo disco, Canções de Caymmi (selo Dubas Música/Universal), eleito um dos melhores do ano pelos críticos do jornal carioca O Globo. Em 2000, gravou duas faixas no álbum do guitarrista português António Chainho, Lisboa – Rio; e foi convidada pelo mestre lusitano e por Maria Bethânia para se apresentar com eles no Rio e em São Paulo. As participações especiais seguem com a gravação de sete faixas do elogiado CD São Paulo Rio (selo Maianga Discos), do compositor paulista Zé Miguel Wisnik, e, mais tarde, no disco Pérolas aos Poucos (Maianga Discos). Com Zé Miguel, ela tem feito shows regularmente, no Brasil e no exterior, na companhia de artistas como a cantora Ná Ozzetti e do violonista e letrista Arthur Nestrovski. (Em 2006, estiveram juntos em Berlim, durante a “Copa da Cultura”.) Jussara também dividiu a Concha Acústica do Teatro Castro Alves em shows ao lado de Nana Caymmi, Maria Bethânia e Alcione. O terceiro CD da cantora, Jussara, foi lançado em 2002 (selo Maianga Discos). Nesse disco, ela interpreta um repertório que navega pelo Oceano Atlântico para estabelecer um elo entre sonoridades do Brasil, de Portugal e de Angola – sempre privilegiando a voz. Em 2006, Jussara Silveira lança dois discos (pelo selo Maianga): Nobreza, um duo de voz e violão, em parceria com o violonista Luiz Brasil; e Entre o Amor e o Mar, projeto premiado no programa Petrobras Cultural e que inclui canções de compositores consagrados, lado a lado com novos nomes da música brasileira. Produzido por Luiz Brasil, o CD tem a participação de nomes como o violonista Arthur Nestrovski, o pianista Leandro Braga e o contrabaixista Jorge Helder, entre outros artistas de ponta da nossa música instrumental. Também neste ano, teve participação no disco Ode Descontínua e Remota Para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio, uma seleção de poemas de Hilda Hilst, musicados por Zeca Baleiro. Sem fazer concessões ao mainstream, Jussara Silveira segue cantando o que acredita e gosta. Expondo sua verdade sem disfarces, acabou transformando-se em uma artista cultuada, com público garantido onde quer que se apresente. “Uma voz carregada de sentidos, que vão se desnudando aos poucos”, escreveu Arnaldo Antunes. O contrário também vale: são sentidos carregados de voz, que ela traduz e transforma em mil e uma canções.
(http://www.jussarasilveira.com.br/)

Ouça Jussara Silveira nos excertos dos áudios:Caravela (Maurício Pacheco)2002 / Ludo Real (Vinicius Cantuária - Chico Buarque) 1997) / Oxotocanxoxoxo (Antônio Risério - Roberto Mendes) 1997 Saudade da Saudade (Paulo Neves - José Miguel Wisnik) 1997 / Cara Limpa (com Luiz Brasil) (Paulo Vanzolini) 2006 / Efeito Samba (com Luiz Brasil) (Zé Miguel Wisnik-Vadim Nikitin) 2006.


Nenhum comentário: