Seus três cds estão articulados a partir de uma unidade conceitual a nos revelar uma trilogia. Todos foram reeditados recentemente pela Tratore, com distribuição para todo o Brasil e também para o exterior. Consuelo possui forte presença de palco e carisma e é com estes elementos que ela completa sua expressão artística. Participou de diversos projetos culturais e de programas conceituados como o Ensaio (direção Fernando Faro) na TV Cultura de São Paulo, Talentos (Giovani Souza), na TV Câmara, de Brasília; A Voz Popular (Luís Antônio Giron) na Rádio Cultura de São Paulo, entre outros. Realizou recentemente shows em espaços importantes como o Teatro Gran Rex de Buenos Aires (Noite Brasileira, com Consuelo de Paula e Naná Vasconcelos); Theatro Municipal de São Paulo; Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (Consuelo de Paula, Rolando Boldrin, Chico Pinheiro e Heródoto Barbeiro); Teatro do Itaú Cultural, São Paulo; Teatro do Paiol, Curitiba; Clube do Banco do Nordeste, Fortaleza; Centro Cultural Santander, Porto Alegre; Teatro da FUNARTE, Rio de Janeiro; Teatro do SESC, Brasília; Teatro Abílio Barreto, Belo Horizonte; principais teatros dos SESCs em São Paulo. Participou do Projeto Pixinguinha, da FUNARTE, percorrendo diversas cidades em diferentes estados brasileiros. Radicada há mais de 20 anos em São Paulo, é uma das poucas artistas de sua geração que possui, de fato, uma obra auto-referente na forma e no conteúdo. Sua experiência profissional está marcada por profunda coerência e dedicação aos elementos da cultura musical brasileira, com tudo o que ela tem de particular e de universal. Minas Gerais, onde nasceu, deu-lhe o chão e São Paulo, o norte. Minas ofereceu-lhe a fonte e São Paulo, o apuro estético, o amadurecimento, a troca, os encontros. É natural de Pratápolis, cidade cortada pelo rio Palmeiras e córrego do Prata, ladeada pelo rio São João e cravada próxima ao rio Grande e à nascente do rio São Francisco. Não por acaso sua obra é permeada de referências ao movimento e efeito das águas.
Suas composições são surpreendentes, pictóricas; coloca-se como herdeira da arte musical brasileira e mantém compromisso com a contemporaneidade; revela, com sutileza, a marca de um trabalho inovador na maneira de compor, harmonizar e interpretar. Refinamento erudito, elegância popular e boas idéias são elementos constantes em sua obra e lhe asseguram profundo respeito e reconhecimento do público e da crítica especializada.
Atualmente prepara três álbuns, inteiramente de composições próprias. Dá continuidade, assim, a uma trajetória singular, com canções que revelam, poética, melódica e harmonicamente, as possibilidades de novos caminhos para a canção brasileira. A exemplo de algumas músicas do cd Dança das Rosas, nesses próximos trabalhos Consuelo amplia o diálogo com a Península Ibérica, aprofunda relações sonoras entre a música brasileira e latina e o olhar para o continente africano, sem deixar em nenhum momento de ser pratapolense, mineira e brasileira, estabelecendo relações atávicas e futuras com os universos citados, além de mais uma vez afirmar sua proximidade com a poesia, particularmente aquela que se coloca a serviço da canção.
Com uma trajetória marcada pela coerência e profunda sensibilidade artísticas, a cada trabalho Consuelo nos coloca diante de algo novo, inusitado e surpreendente; está sempre a nos revelar onde mora o Brasil.
Outros trabalhos registrados:
Consuelo foi convidada a participar de outros importantes cds: canta ao lado de Rolando Boldrin no cd Senhor Brasil; interpreta a canção Lua Branca em Divas do Brasil, disco de prata em Portugal, onde figura ao lado de Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert, Bebel Gilberto, Astrud Gilberto e Zizi Possi, entre outras; comparece em duas faixas na coletânea Cachaça Fina (Spirit of Brazil), lançada no exterior: Samba, seresta e baião, de sua autoria, e Moro na Roça, samba que já foi interpretado por Clementina de Jesus. Assinou o roteiro do cd Velho Chico, uma viagem musical, do cantor e compositor Elson Fernandes, no qual interpreta a canção O Ciúme, de Caetano Veloso, considerada a gravação definitiva pelo crítico Mauro Dias, no jornal O Estado de São Paulo. Sua canção Sete Trovas foi gravada por Ana Cascardo (cd Esta noite vai ter sol), e a canção Os terços do Samba foi gravada por Cris Lemos e Zé Luiz Maziotti (cd Meu Lugar). (http://www.consuelodepaula.com.br/)
Um comentário:
Consuelo maravilhosa de Paula!!!
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