
A volta de Sérgio Ricardo
Por Augusto Buonicore* (http://www.contee.org.br/)
Acaba de sair pela Biscoito Fino o novo CD do cantor e compositor Sérgio Ricardo, "Ponto de Partida". Este, talvez, seja o primeiro passo para o resgate de uma rica produção musical que acabou sendo condenada ao silêncio por anos de ditadura, militar e midiática. A quase totalidade de seus discos continua fora de catálogo. Atualmente eles são raridades disputadas por colecionadores. Sérgio, além de compositor e cantor, é ator, diretor de cinema, poeta e artista plástico. Este artigo procurará expor uma pequena parte de sua vida e obra.
Sérgio Ricardo nasceu em 1932 na cidade de Marília – interior de São Paulo. Passou por Santos, onde adquiriu alguma experiência com trabalho em rádio, e depois seguiu seu destino: o Rio de Janeiro. Começou a tocar piano nas boates cariocas. As noites em Copacabana eram do jazz e do samba canção. Naqueles dias aderiu à onda romântica, seguindo a trilha de Lúcio Alves, Dick Farney e Tito Madi. Ia compondo suas músicas e, depois de um momento de indecisão, começou a mostrá-las ao restrito público das boates nas quais se apresentava. A cantora Maysa gostou do que ouviu e gravou uma de suas composições: Buquê de Isabel. A melodia conseguiu um relativo sucesso, o que permitiu que o compositor saísse do anonimato.No final da década de 1950 surgiu uma nova corrente na música brasileira: a bossa nova. Sérgio estava entre seus primeiros compositores e intérpretes. Lançou o LP “A bossa romântica de Sérgio Ricardo” (1960). Dois anos depois seria convocado a participar do famoso show no Carnegie Hall, ao lado de dezenas de músicos brasileiros. Apesar do improviso do evento, ele representou um dos marcos do lançamento da bossa nova para o mundo. Logo, Sérgio Ricardo, junto com Carlos Lyra e Vandré, abriria uma outra vertente no interior do movimento bossanovista, mais ligada à temática social e popular. Declarou ele: “O que caracterizou a minha dissidência com a bossa nova foi justamente o Zelão. Era o caminho de uma pesquisa mais popular, com o abandono dos valores pequeno-burgueses de Ipanema (...) aquele negócio de muito sorriso, amor e flor”. Esta preocupação o acompanhará por toda sua vida, sem nunca abrir mão do lirismo. (http://www.contee.org.br/).
Por Augusto Buonicore* (http://www.contee.org.br/)
Acaba de sair pela Biscoito Fino o novo CD do cantor e compositor Sérgio Ricardo, "Ponto de Partida". Este, talvez, seja o primeiro passo para o resgate de uma rica produção musical que acabou sendo condenada ao silêncio por anos de ditadura, militar e midiática. A quase totalidade de seus discos continua fora de catálogo. Atualmente eles são raridades disputadas por colecionadores. Sérgio, além de compositor e cantor, é ator, diretor de cinema, poeta e artista plástico. Este artigo procurará expor uma pequena parte de sua vida e obra.
Sérgio Ricardo nasceu em 1932 na cidade de Marília – interior de São Paulo. Passou por Santos, onde adquiriu alguma experiência com trabalho em rádio, e depois seguiu seu destino: o Rio de Janeiro. Começou a tocar piano nas boates cariocas. As noites em Copacabana eram do jazz e do samba canção. Naqueles dias aderiu à onda romântica, seguindo a trilha de Lúcio Alves, Dick Farney e Tito Madi. Ia compondo suas músicas e, depois de um momento de indecisão, começou a mostrá-las ao restrito público das boates nas quais se apresentava. A cantora Maysa gostou do que ouviu e gravou uma de suas composições: Buquê de Isabel. A melodia conseguiu um relativo sucesso, o que permitiu que o compositor saísse do anonimato.No final da década de 1950 surgiu uma nova corrente na música brasileira: a bossa nova. Sérgio estava entre seus primeiros compositores e intérpretes. Lançou o LP “A bossa romântica de Sérgio Ricardo” (1960). Dois anos depois seria convocado a participar do famoso show no Carnegie Hall, ao lado de dezenas de músicos brasileiros. Apesar do improviso do evento, ele representou um dos marcos do lançamento da bossa nova para o mundo. Logo, Sérgio Ricardo, junto com Carlos Lyra e Vandré, abriria uma outra vertente no interior do movimento bossanovista, mais ligada à temática social e popular. Declarou ele: “O que caracterizou a minha dissidência com a bossa nova foi justamente o Zelão. Era o caminho de uma pesquisa mais popular, com o abandono dos valores pequeno-burgueses de Ipanema (...) aquele negócio de muito sorriso, amor e flor”. Esta preocupação o acompanhará por toda sua vida, sem nunca abrir mão do lirismo. (http://www.contee.org.br/).
Mas o melhor mesmo é conhecer o trabalho de Sérgio Ricardo. Um marco na música brasileira.
Um pouco do talento deste grandioso artista brasileiro nos excertos dos áudios abaixo:
1967 - III Festival MPB TV Record - chamada para Sergio Ricardo (Beto Bom de Bola) /Calabouço (Sérgio Ricardo) (1973)/ Esse mundo é meu (Sérgio Ricardo) 1964 - Trilha Sonora do Filme / Enquanto a tristeza não vem (1964) (Sérgio Ricardo) / Conversação de Paz (1971) (Sérgio Ricardo) / Vou Renovar (Sérgio Ricardo)1973 / Beira do Cais (Sérgio Ricardo).
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