JARDS ANET DA SILVA - ou melhor: JARDS MACALÉ. Nasceu no bairro da Tijuca (RJ) em 1943.Cantor, violonista, compositor, arranjador e ator, o carioca Jards Anet da Silva viveu desde cedo em meio à música, seja ouvindo, tocando ou estudando, chegando a trabalhar como copista do maestro Severino Araújo. No futebol, porém, era uma negação: ganhou dos amigos de pelada o apelido de Macalé em "homenagem" ao pior jogador do Botafogo da época. Amigo dos músicos baianos, em 1966 dirigiu um show de Maria Bethânia. Acompanhou de perto o Tropicalismo e, em 1969, entrou sob vaias no IV Festival Internacional da Canção, numa teatral apresentação do rock "Gotham City". Em 1970, Macalé foi a Londres em encontro dos baianos exilados. Com músicas gravadas por Gal Costa ("Hotel das Estrelas", "Vapor Barato"), Maria Bethânia ("Anjo Exterminado" e "Movimento dos Barcos") e Clara Nunes ("O Mais-Que-Perfeito"), resolveu fazer, na volta para o Brasil, seu primeiro LP solo, "Jards Macalé" (1972). No ano seguinte, gravou ao vivo, com vários artistas, o "Banquete dos Mendigos", disco duplo para comemorar o 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Censurado, o álbum só saiu anos mais tarde. Em 1974, Macalé lançou o LP "Aprender a Nadar", apresentando a linha de morbeza (morbidez + beleza) romântica do parceiro Waly Salomão. Num dos vários lances de irreverência de sua carreira, alugou uma das barcas da Cantareira para fazer o lançamento do disco e terminou o show jogando-se no mar. Em 1987, lançou o LP "Quatro Batutas e um Curinga" e curtiu um hiato fonográfico de 11 anos, rompido por "O Q Faço É Música". Nesse meio tempo, seu trabalho veio sendo reconhecido tanto pelos jovens músicos ("Gotham City" foi regravada pelo Camisa de Vênus e "Vapor Barato" pelo Rappa) quanto pelos veteranos (Moreira da Silva, rei do samba de breque, passou-lhe o chapéu). (fonte:http://cliquemusic.uol.com.br). Em 2008 lançou o cd Macao. Confira na página do artista (clique na foto) ou na www.biscoitofino.com.br/).
Modesta opinião de um admirador de Macalé: Jards Macalé sempre me impressinou. Como compositor, intérprete e criador. Talvez seja o único músico brasileiro que consegue trazer incorporado na sua forma de cantar e na sonoridade do seu violão - uma interpretação paralela - a ironia e o sarcasmo de Noel Rosa, o deboche do Modernismo, antropofágico,atrevido, e , ao mesmo tempo, nos brinda com a taça da tragicidade, trespassando versos, o palco urbano. Esta brasilidade é uma herança personalizada , criativa, genuinamente brasileira, que faz de Jards Macalé, único. Toda música interpretada por Jards Macalé é uma outra musica. Ou se redescobre interpretativamente ou toma diferente concepção de tempo. Somente os verdadeiros artistas conseguem estes feitos. (Mario Bernardino - Santos - SP.)
clique na imagem para acessar ao site do artista.
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Conheça um pouco do trabalho de Jards Macalé nos excertos das músicas abaixo. Desculpem (especialmente Macalé) por algumas interpolações . A intenção é somente divulgar o trabalho do artista.Movimento Dos Barcos (Jards Macalé-Capinan)1972 / Rua Real Grandeza - Art. 23-c (O banquete dos mendigos)1974 / Negra Melodia (Jards Macalé- Waly Salomão)1977 / O Mais-Que-Perfeito (Vinicius de Moraes - Jards Macalé)1998 / Rei de Janeiro (Glauber Rocha - Jards Macalé) 1998 / Positivismo (Noel Rosa - Orestes Barbosa)2003/Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel)2008.
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